21 de julho de 2008

Perissia V


Entre Kaynakli, Derinkuyu,
Ozkonak, Acigol, Mazi,
Tatlaria, Açiksaray
e o Pico Sacro,
ate São João da Cova,
habitaram os tempos
as gentes da brilhante escuridão.
Apenas a magia era o pão,
apenas mão na alma,
o vinho do eterno ritual
que sabe do ser e do poder,
do poder ser, sem ter,
para deixar
o ritmo da deidade
na vida sob a terra
e o passo possível do espírito
dos sonhos e do ar.
A profundidade era
o caminho dos olhos
a aguardar
o verbo único
de um demiurgo
breve
além mar.

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