Do centro descentrado e o silêncio falado
e a presença ausente e o som acalado
nasce a luz,
explodir em mil ondas,
desde o vento e as sombras,
sobre o céu ser de tempo
ritmo e fractal do inverno
e brincar com as rimas
como brincam meninas
e acelerar partículas
entre a mecânica ondulatória
da tua carícia em mim
a cores várias,
na percepção única
da dualidade onda-partícula,
ai, os teus fótons de água na pura luz,
a incerteza básica da indeterminação quântica
sobre a mística espera
para entrelaçar as amplitudes proibidas
e condensar dinâmicas a beira-mar
onde nasceram as vidas e os espíritos
e se fugara a luz,
amor espectral dos paradoxos,
incertidumes de Heisenberg,
quando os operadores correspondentes
a certos observáveis não conmutam
e ficam os teus versos sobre mim
mais uma vez.
31 de janeiro de 2009
30 de janeiro de 2009
Mourinha
Quando a vida é tanta e passa breve e inocente
entre correr alegre, carícia, brincadeira
e aquele sempre estar
e deixar sempre a paz de quem procura
o amor simples,
terra sem cancelas,
a presença e a companha
e faz oco grande do seu corpo pequeno
e olhar de palavra sem mentira
minha Moura, triste espera...
até sempre...
entre correr alegre, carícia, brincadeira
e aquele sempre estar
e deixar sempre a paz de quem procura
o amor simples,
terra sem cancelas,
a presença e a companha
e faz oco grande do seu corpo pequeno
e olhar de palavra sem mentira
minha Moura, triste espera...
até sempre...
29 de janeiro de 2009
28 de janeiro de 2009
Ei... Ferrol: Igor Lugris e Eduardo Estévez
Chega um correio do Igor Lugris... e cópio e colo os dados:
Olá, O dia 6 de Fevereiro, inauguramos na Galeria Sargadelos de Ferrol (r/ Rubalcava 30-32, esquina rua Maria), a exposiçom "poesia para Ver/poesia para Ler", que estará ali até o dia 28 de Fevereiro (...)
(...) além dum pequeno recital estereo a quatro maos (eduardo lugris e igor estévez), haverá uns petiscos e uns vinhos. Se nesse dia estás por Ferrol, ou nas suas proximidades, já sabes onde nos podemos ver e ler.
- o meu blogue: Ovnis e Isoglossas, http://ovniseisoglossas.agal-gz.org
- a minha galeria em Flickr: poesia_para_ver/poesia_para_ler, http://www.flickr.com/photos/paraverler/
- a página do Eduardo: Lua gris, www.luagris.net
- o web da Galeria Sargadelos em Ferrol: http://www.sargadelosferrol.com/
Olá, O dia 6 de Fevereiro, inauguramos na Galeria Sargadelos de Ferrol (r/ Rubalcava 30-32, esquina rua Maria), a exposiçom "poesia para Ver/poesia para Ler", que estará ali até o dia 28 de Fevereiro (...)
(...) além dum pequeno recital estereo a quatro maos (eduardo lugris e igor estévez), haverá uns petiscos e uns vinhos. Se nesse dia estás por Ferrol, ou nas suas proximidades, já sabes onde nos podemos ver e ler.
- o meu blogue: Ovnis e Isoglossas, http://ovniseisoglossas.agal-gz.org
- a minha galeria em Flickr: poesia_para_ver/poesia_para_ler, http://www.flickr.com/photos/paraverler/
- a página do Eduardo: Lua gris, www.luagris.net
- o web da Galeria Sargadelos em Ferrol: http://www.sargadelosferrol.com/
Espíritos do labirinto
Anunciavam entre sonhos e palavras espíritos do ar
as mensagens secretas dos tempos ascendentes,
dos que nem dizem acima
dos que abaixo não dizem
na escada e na verdade
e no silêncio dormem palavras entre sonhos,
linhas oníricas da terra na água viva da esfera,
meu amigo no labirinto,
na escada em Bonaval,
no monte alto,
no rio dos destinos,
em lábio vivo.
Povoamos o medo da Primavera ao Estio,
revoltamos curvas frias do Estio até o Outono,
perdimos os caminhos do Outono a este Inverno,
o tempo do furacão, o tempo do furacão e o desemprego,
e o verbo voltou e era de anjos,
e namorou os versos e reversos
e sabia de ti, fume na alma,
com o vento prendido numa asa,
com olhares prendidos no infinito...
no infinito de ti, sem infinitos...
Voltar, voltar apenas, Ariadne,
voltar, reiniciar o labirinto,
o começo em floresta
em humus novo,
onde havia ainda árvore e houve ninho.
as mensagens secretas dos tempos ascendentes,
dos que nem dizem acima
dos que abaixo não dizem
na escada e na verdade
e no silêncio dormem palavras entre sonhos,
linhas oníricas da terra na água viva da esfera,
meu amigo no labirinto,
na escada em Bonaval,
no monte alto,
no rio dos destinos,
em lábio vivo.
Povoamos o medo da Primavera ao Estio,
revoltamos curvas frias do Estio até o Outono,
perdimos os caminhos do Outono a este Inverno,
o tempo do furacão, o tempo do furacão e o desemprego,
e o verbo voltou e era de anjos,
e namorou os versos e reversos
e sabia de ti, fume na alma,
com o vento prendido numa asa,
com olhares prendidos no infinito...
no infinito de ti, sem infinitos...
Voltar, voltar apenas, Ariadne,
voltar, reiniciar o labirinto,
o começo em floresta
em humus novo,
onde havia ainda árvore e houve ninho.
27 de janeiro de 2009
Ascendente em Lua. In-Definir Saudades
Foram tempos vividos a saber,
na estadia plena da história
que transformava palavras
em memórias
e dia em data
e tornava a luz figuras.
Como o farol dos sonhos
marcava rotas
na noite e nalgum texto
segredo
de histórias sísmicas
ocultas
entre o verdor da erva
na terra nova
... ah, Ulisses,
qual era a ilha?
A saudade é uma pátria certa
dos velhos anarquistas,
a lua em lua nova,
o verso no silêncio,
lume em frio,
e memória de ti
que eras memória
e moras em lugar desconhecido.
na estadia plena da história
que transformava palavras
em memórias
e dia em data
e tornava a luz figuras.
Como o farol dos sonhos
marcava rotas
na noite e nalgum texto
segredo
de histórias sísmicas
ocultas
entre o verdor da erva
na terra nova
... ah, Ulisses,
qual era a ilha?
A saudade é uma pátria certa
dos velhos anarquistas,
a lua em lua nova,
o verso no silêncio,
lume em frio,
e memória de ti
que eras memória
e moras em lugar desconhecido.
26 de janeiro de 2009
A Barca em sombra ao mar
25 de janeiro de 2009
Ente
O farol era vivo,
lume velho, água nova,
sempre vento
e os braços
tendidos ao ser mitocondrial
que reclamava
o silêncio
e chegava da ilha
na cronometria nova,
ente distante e próximo
que amava em dia de olhares longos
na noite a beira-mar
e deixava entre as coxas
lares de ternura
e no peito um vestido
de pele cor de sal.
lume velho, água nova,
sempre vento
e os braços
tendidos ao ser mitocondrial
que reclamava
o silêncio
e chegava da ilha
na cronometria nova,
ente distante e próximo
que amava em dia de olhares longos
na noite a beira-mar
e deixava entre as coxas
lares de ternura
e no peito um vestido
de pele cor de sal.
23 de janeiro de 2009
De anjos vermelhos
Voavam sobre a luz, na nova onda
desde o espelho da noite a beira-mar,
sobre as discrepâncias místicas
de uma única e formosa comunhão,
terras de anjos
no espírito dos corpos liberados
entre auras e silêncios,
verbo de som leve e longa espera
na alva em Compostela
quando Abril deixava odor morango
e menta nova no teu rosto
e versos sobre o asfalto, feito beijo
da terra oculta e o sonhar.
Reaparecem na noite, sobre o farol de Oriente,
os anjos vermelhos
e retomam o amor de ar
que deixava para além da primavera
um caminho velho em céus de sal.
desde o espelho da noite a beira-mar,
sobre as discrepâncias místicas
de uma única e formosa comunhão,
terras de anjos
no espírito dos corpos liberados
entre auras e silêncios,
verbo de som leve e longa espera
na alva em Compostela
quando Abril deixava odor morango
e menta nova no teu rosto
e versos sobre o asfalto, feito beijo
da terra oculta e o sonhar.
Reaparecem na noite, sobre o farol de Oriente,
os anjos vermelhos
e retomam o amor de ar
que deixava para além da primavera
um caminho velho em céus de sal.
22 de janeiro de 2009
Obama olhar em soul, ah Hussein!
Olhar translongos tempos e água longa sempre ao Sul,
quando chegavam os silêncios
e medias o ritmo da saudade
com a boca seca e a língua a vibrar canto
e magia na África dos Lua
e o Caribe em loureiro mais ao Leste
e galinha em capoeira, cantar galo
sem cantar
e deixar o mundo andar
enquanto desce água louca
e o som tinge de amor,
mesmo em amor,
e se vive a tardinha.
Recém chegado Obama à Casa Branca,
recém voltou em Gaza Hussein
à branca casa que havitava
e nem branca, nem casa, nem ficou
e a dor chove ao sol,
da janela do soul,
ritmo blues, sempre ao Sul.
quando chegavam os silêncios
e medias o ritmo da saudade
com a boca seca e a língua a vibrar canto
e magia na África dos Lua
e o Caribe em loureiro mais ao Leste
e galinha em capoeira, cantar galo
sem cantar
e deixar o mundo andar
enquanto desce água louca
e o som tinge de amor,
mesmo em amor,
e se vive a tardinha.
Recém chegado Obama à Casa Branca,
recém voltou em Gaza Hussein
à branca casa que havitava
e nem branca, nem casa, nem ficou
e a dor chove ao sol,
da janela do soul,
ritmo blues, sempre ao Sul.
21 de janeiro de 2009
Vagar
20 de janeiro de 2009
Terra azul
Chego à pedra e sob o sonho deito terras de habitar.
Passaram os dias feros do mais fero navegar
e a noite se torna alva com abraço e leito ao sul,
e um cantar diz deste dia com ritmo de nova luz.
Chegou o tempo novo no que o galo quer morar
e as ondas da nova água tornam a rocha um fogar
e doe o sol e doe longo este medo de perder,
como já antes perdi
linhas brancas na alvorada,
e uma lágrima azul.
19 de janeiro de 2009
Cantou para o dia o mar
18 de janeiro de 2009
Pele azul
17 de janeiro de 2009
Foi
16 de janeiro de 2009
Ilhas
Curva em luz
15 de janeiro de 2009
Tempos de moura a pé de de tempo
14 de janeiro de 2009
Leito de água em asa paz
13 de janeiro de 2009
Medir tempo em amor vento
Medir tempo em amor vento e medir pele
medir dons de som e medir noites
medir lagoas longas de ternura
medir ondas
medir saudades e lágrimas e risos
medir sinos de alta alvorada
medir mares
distâncias e lentas saudades
medir beijos até o canto satélite dos versos
medir nada
desmedir na entranha a entranha pura
e ser ar e nem medir a sepultura
e ser dia e nem medir a luz que brilha
e o sentido da existência
na segunda pessoa que alguém guia
ao eu que foi
ao que descansa
em cada eu que tece a nova entranha
e ser desmedida em mim
o nós mais pleno
das luas sem medida
do Universo
medir dons de som e medir noites
medir lagoas longas de ternura
medir ondas
medir saudades e lágrimas e risos
medir sinos de alta alvorada
medir mares
distâncias e lentas saudades
medir beijos até o canto satélite dos versos
medir nada
desmedir na entranha a entranha pura
e ser ar e nem medir a sepultura
e ser dia e nem medir a luz que brilha
e o sentido da existência
na segunda pessoa que alguém guia
ao eu que foi
ao que descansa
em cada eu que tece a nova entranha
e ser desmedida em mim
o nós mais pleno
das luas sem medida
do Universo
12 de janeiro de 2009
Dança a música na Terra Verde
11 de janeiro de 2009
10 de janeiro de 2009
Teias. Para Roberto Cordovani
Das teias do fingir ao sentimento,
o teatro é palavra e causa em vento,
ritmo de exprimir o som do tempo
e um cantar,
causa de catarse em dia e linha,
chuva de intempéries numa vida
e caminho de agir uma cantiga
como a flor...
e mostrar os sonhos e a carícia
dos corpos que cedem à codícia
de ser templo aberto à poesia
com o tom
que acorda criaturas
e arte livre
no cenário novo,
em perspectiva
de ser múltiplo,
dom público,
drama em lume
e chuva em bico,
do aqui...
8 de janeiro de 2009
Luzes
Cada estrela tem o lugar ordem no caos e o sentir acalado do caos na ordem; a esperança do sonho, a magia própria da paisagem, a perspectiva interior da luz profunda. E doem e também tornam fantasia, mentira feita carne, as almas velhas:
candeias paralelas,
as presenças
de entrega e de luz
que espelha estrelas.
candeias paralelas,
as presenças
de entrega e de luz
que espelha estrelas.
7 de janeiro de 2009
Beira-vida
Além do nascer e do morrer o viver vai
a fazer beiras e ser beira do sentir,
a caminhar com tempo extenso,
a exprimir brindes pelo simples
e partilhar existências
com a ciência e a mística presença
dos anjos na palavra,
e a saudade no espírito a tecer.
E falta Ulisses,
e aceitei um pretendente,
guardei prendas,
deixei o corpo a ser
enquanto a alma ficou a aguardar
e olho o mar.
O Outono é longo tempo
e o verso guia o dia a procurar.
Um outro ano hoje lembro que nasci
e tenho mais uma hora para amar,
há notícias que nem deixam sorrir
e abraços de esperança a medrar.
a fazer beiras e ser beira do sentir,
a caminhar com tempo extenso,
a exprimir brindes pelo simples
e partilhar existências
com a ciência e a mística presença
dos anjos na palavra,
e a saudade no espírito a tecer.
E falta Ulisses,
e aceitei um pretendente,
guardei prendas,
deixei o corpo a ser
enquanto a alma ficou a aguardar
e olho o mar.
O Outono é longo tempo
e o verso guia o dia a procurar.
Um outro ano hoje lembro que nasci
e tenho mais uma hora para amar,
há notícias que nem deixam sorrir
e abraços de esperança a medrar.
6 de janeiro de 2009
Magos
Os mandados da alegria e as revoltas da alma,
quando tudo canta e o silêncio ecoa,
quando tudo ecoa e o silêncio canta
e chamo sonhos para sobreviver
à luz da estrela que trazia magos,
e escrevo na carta: eu acredito,
por pedir o dia renovado,
olho a piscar menina
os desejos segredos,
a palavra,
e que chovam luzes invertidas,
cor do solo ao céu
e fantasias
que chorei longa noite
por se havia...
quando tudo canta e o silêncio ecoa,
quando tudo ecoa e o silêncio canta
e chamo sonhos para sobreviver
à luz da estrela que trazia magos,
e escrevo na carta: eu acredito,
por pedir o dia renovado,
olho a piscar menina
os desejos segredos,
a palavra,
e que chovam luzes invertidas,
cor do solo ao céu
e fantasias
que chorei longa noite
por se havia...
5 de janeiro de 2009
O sorriso do peixe escorpião
Que venenos portam os sorrisos do César em Caná?
Nem os povos levam a diáspora marcada a lume e vento,
nem os meninos evoluem com escudos a prova de escorpião,
nem ficam mais silêncios ali em Gaza, para nadar o som,
sem lamentar
olhares que transformem, mapa em veia,
fronteiras em fogo, lua em terra branca e única,
esperança breve, sonho espelho,
mar de areia nos lares de a-fogar.
Nem os povos levam a diáspora marcada a lume e vento,
nem os meninos evoluem com escudos a prova de escorpião,
nem ficam mais silêncios ali em Gaza, para nadar o som,
sem lamentar
olhares que transformem, mapa em veia,
fronteiras em fogo, lua em terra branca e única,
esperança breve, sonho espelho,
mar de areia nos lares de a-fogar.
4 de janeiro de 2009
Memórias futuras
Voltas nuvem e paisagem,
borboleta,
caminho sempre sem caminho,
achegas em mim um horizonte,
salvas o plano dos desejos,
e a saudade lateja,
e o mundo emerge
no ponto exacto do meu valor
único em ti e rejeitado,
do teu mesmo valor desesperado,
e a clarividência alonga asas ao jardim
no que desces, sem amor e de voz rota,
a lembrar as mais místicas paisagens
e tentar as infidelidades mágicas,
revoltas de sombra,
beijos frios,
a oferecer a espada, a dor, o filho,
os múltiplos rostos do infinito.
E sei que sou e serei forte,
manterei no seu leito cada rio,
mas buscarei o olhar dos olhos vivos
e o teu daimon de luz,
meu velho rei dos apátridas e as noites,
sacerdote iniciático dos ritos,
e amarei por sempre o que em ti ache,
e beberei por sempre nos teu sonhos
dos cons atlânticos a velha arte da magia
e no verso lume, ar, órfico alento,
na táboa que foi quase um silêncio,
teu lar perdido na ilha antiga,
carícia em oráculo,
corpo impuro de pureza exacta
a manar espíritos.
3 de janeiro de 2009
Era o mar
2 de janeiro de 2009
Além
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