14 de agosto de 2010

Tecedeira

Descem os caminhos versos tenros
e volteam silêncios na palavra,
para que o eco sempre seja eco
e a distância não tenha distância,
nem sonhos reiterem sobre a palma
entranha ao ar e areia em leito.

13 de agosto de 2010

Luz

No tempo vertical,
a inexistência da sem-revolta
achega aos corpos esferas de ternura
e as Perseidas beijam espíritos de luz.
Nas florestas apreendem
os códices vegetais
ruturas leves
e passos para o sonho
das formigas azuis
na terra noite
do último recanto antes do mar.

12 de agosto de 2010

Harmonias de luz


Em tarefa de amor canto silêncios,
retorno ervas, terra pura
cor calcárea,
laberíntica presença
desde sonhos infinitos,
quartos espirituais e mitos,
longas tardes de mar
e seiva ao vento.