Se calhar era bom chorar,
pensar se há ou nao fronteiras,
olhar no tempo onda,
dor aberta,
reiterar leitos sem passado
e futuros sem leito,
quase amar,
quase ceibar raiba
e caminhar noites laberínticas
sobre os tacos mais altos que já achei
no teu papel de actor sem um cenário,
no teu papel de autor sem quarto ao Sul,
sem para-sol,
em telefonemas de puro baobab,
em revoltos correios por fechar,
despintadas as roupas a este vento.
Volto com o ritmo dos silêncios,
ao bravo metal da tua voz.
16 de abril de 2010
15 de abril de 2010
Os desejos sao casas de nao ser,
sonhos nao sonhados,
des-esforços,
ternuras de fe des-necessárias
na voz de um sorriso em pele e lua.
Entao moro o tempo de existir,
passos e olhares, vento ao vento,
e o prazer de um universo
por ter verso,
e o prazer oral do tempo
por ter verbo
e língua e amor e um sem-silêncio
... ser.
sonhos nao sonhados,
des-esforços,
ternuras de fe des-necessárias
na voz de um sorriso em pele e lua.
Entao moro o tempo de existir,
passos e olhares, vento ao vento,
e o prazer de um universo
por ter verso,
e o prazer oral do tempo
por ter verbo
e língua e amor e um sem-silêncio
... ser.
11 de abril de 2010
Rua do Tempo ao Sol
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