Descem os caminhos versos tenros
e volteam silêncios na palavra,
para que o eco sempre seja eco
e a distância não tenha distância,
nem sonhos reiterem sobre a palma
entranha ao ar e areia em leito.
14 de agosto de 2010
13 de agosto de 2010
Luz
12 de agosto de 2010
Harmonias de luz
12 de junho de 2010
Na terra do milho
Era mansa às vezes. Só às vezes.
Queria, na tua pele, estremecer os sonhos
e depois caminhar sonámbula,
sem esperança sempre,
a dançar nos silêncios que me deixem,
pairar nas sozinhas primaveras,
em tempos impossíveis como a árvore,
a deixar raízes na sem-língua
e navegar em cada boca
enquanto canto
o sabor cereal da tua espera.
16 de abril de 2010
Se calhar era bom chorar,
pensar se há ou nao fronteiras,
olhar no tempo onda,
dor aberta,
reiterar leitos sem passado
e futuros sem leito,
quase amar,
quase ceibar raiba
e caminhar noites laberínticas
sobre os tacos mais altos que já achei
no teu papel de actor sem um cenário,
no teu papel de autor sem quarto ao Sul,
sem para-sol,
em telefonemas de puro baobab,
em revoltos correios por fechar,
despintadas as roupas a este vento.
Volto com o ritmo dos silêncios,
ao bravo metal da tua voz.
pensar se há ou nao fronteiras,
olhar no tempo onda,
dor aberta,
reiterar leitos sem passado
e futuros sem leito,
quase amar,
quase ceibar raiba
e caminhar noites laberínticas
sobre os tacos mais altos que já achei
no teu papel de actor sem um cenário,
no teu papel de autor sem quarto ao Sul,
sem para-sol,
em telefonemas de puro baobab,
em revoltos correios por fechar,
despintadas as roupas a este vento.
Volto com o ritmo dos silêncios,
ao bravo metal da tua voz.
15 de abril de 2010
Os desejos sao casas de nao ser,
sonhos nao sonhados,
des-esforços,
ternuras de fe des-necessárias
na voz de um sorriso em pele e lua.
Entao moro o tempo de existir,
passos e olhares, vento ao vento,
e o prazer de um universo
por ter verso,
e o prazer oral do tempo
por ter verbo
e língua e amor e um sem-silêncio
... ser.
sonhos nao sonhados,
des-esforços,
ternuras de fe des-necessárias
na voz de um sorriso em pele e lua.
Entao moro o tempo de existir,
passos e olhares, vento ao vento,
e o prazer de um universo
por ter verso,
e o prazer oral do tempo
por ter verbo
e língua e amor e um sem-silêncio
... ser.
11 de abril de 2010
Rua do Tempo ao Sol
13 de março de 2010
12 de março de 2010
4 de março de 2010
Treme a Mae
3 de março de 2010
No caminho da luz
Desabotoo o peito para a noite
abro a caixa dos segredos,
para me contar os contos de outrora,
retomo os caminhos que diziam no ar.
Doem na garganta os males velhos
de infância mal curada,
de espera fanada,
o medo da palavra atravancada.
Furou-se um pneu neste ciclo de som.
Avanço em linha opaca, com instintos
que tremem como a terra
neste tacto
e olho sem ver senda,
nem sonho de luz,
nem algum astro,
mas adiante, sempre
verbo em lábio,
na via Puro-eu a Nós-em-cor.
abro a caixa dos segredos,
para me contar os contos de outrora,
retomo os caminhos que diziam no ar.
Doem na garganta os males velhos
de infância mal curada,
de espera fanada,
o medo da palavra atravancada.
Furou-se um pneu neste ciclo de som.
Avanço em linha opaca, com instintos
que tremem como a terra
neste tacto
e olho sem ver senda,
nem sonho de luz,
nem algum astro,
mas adiante, sempre
verbo em lábio,
na via Puro-eu a Nós-em-cor.
23 de fevereiro de 2010
Escada ao além
Se para ti descer era a fronteira,
para mim até é o infinito
e olho a chuva e o silêncio frio
com dor de sol solitário em rios
de energia meridiana
a explodir incógnitas de vida
no único sentido do carbono,
orgânica seta para acima.
Imagina um baixo a volume máximo,
imagina heavy, saxofones de ternura,
imagina Roma a arder sem calor
ainda
imagina que deito pé a escada
e deixo a sombra a dormir
em cama oblícua.
14 de fevereiro de 2010
O meu mundo
28 de janeiro de 2010
Carta de sonhos
Sem carta, perco-me no cenário dos sonhos,
a procurar cadernos para escrever
alter vida
e mora o tempo pleno nessas noites
pobres de pele, frias linhas,
horizontes sem dor,
das que acordo cansada para o dia.
Havia beijos. Tremia o beijo rei,
lambia o sentido da existência
neste amor antigo,
pele onírica,
dom dos leitos tristes.
Caminho pelo corpo das tuas páginas,
personagem roubada a ti mesmo,
para ter-te
ou encontrar-te
noutra história de amores paralelos.
a procurar cadernos para escrever
alter vida
e mora o tempo pleno nessas noites
pobres de pele, frias linhas,
horizontes sem dor,
das que acordo cansada para o dia.
Havia beijos. Tremia o beijo rei,
lambia o sentido da existência
neste amor antigo,
pele onírica,
dom dos leitos tristes.
Caminho pelo corpo das tuas páginas,
personagem roubada a ti mesmo,
para ter-te
ou encontrar-te
noutra história de amores paralelos.
24 de janeiro de 2010
23 de janeiro de 2010
19 de janeiro de 2010
Chegar beiramar
15 de janeiro de 2010
Sonho de Terra
Se posso despir o corpo, posso despir a alma
e dizer que nao é este o tempo de perder.
Meu amigo de alma e fala e pele eternas,
folgo em noites lentas teu nome junto a mim.
A comunhao mais mística de amantes esquecidos
é o meu santo e senha ante a porta de sal.
Pago em sonhos os sonhos
e em lágrima o acordar.
Os meus olhos retornam à dor da carne tua,
acusam outros beijos de antes se anunciar,
tentativas de assalto até o vento que chora.
Na Terra, o nosso verbo, semeia
dor de mae.
e dizer que nao é este o tempo de perder.
Meu amigo de alma e fala e pele eternas,
folgo em noites lentas teu nome junto a mim.
A comunhao mais mística de amantes esquecidos
é o meu santo e senha ante a porta de sal.
Pago em sonhos os sonhos
e em lágrima o acordar.
Os meus olhos retornam à dor da carne tua,
acusam outros beijos de antes se anunciar,
tentativas de assalto até o vento que chora.
Na Terra, o nosso verbo, semeia
dor de mae.
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