tag:blogger.com,1999:blog-64451710900863433012024-03-13T19:52:11.791+01:00Terra VerdeDiário, Ideário, ConversárioIolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.comBlogger614125tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-91402653521948538242015-02-23T16:23:00.000+01:002015-02-23T16:28:11.972+01:00Conversa com Rosalia de Castro<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-k50S0yM4xy4/VOtFYBthiaI/AAAAAAAAC38/m9k0Z5HFXsE/s1600/IMG_20150223_162045.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-k50S0yM4xy4/VOtFYBthiaI/AAAAAAAAC38/m9k0Z5HFXsE/s1600/IMG_20150223_162045.JPG" height="320" width="287" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
POEMA A LUIS DE CAMOES<br />
<br />
Desde as fartas ribeiras do Mondego<br />
Desde a Fonte das Lágrimas,<br />
Que na bela Coimbra,<br />
As rosas de cem folhas embalsamam,<br />
Do Minho atravesando as águas mansas<br />
Em misteriosas asas,<br />
De Inês de Castro, a dona mais garrida,<br />
E a mais doce e mais triste enamorada<br />
Do grão Camões que imortal a fez<br />
Cantando as suas desgraças,<br />
De quando em quando a acarinhar-nos vêm<br />
Eu não sei que saudades e lembranças.<br />
<br />
Lá deu seu fruto a planta abençoada<br />
Com seu igual pujança.<br />
Daqui o germen saiu, sabe-o Lantanho<br />
E a sua torre dos tempos afrontada.<br />
Talvez por isso –ó desditosos- sempre<br />
Convosco foi o germen da desgraça:<br />
Tu, pobre dona Inês, mártir do amor<br />
E tu Camões da inveja empeçonhada.<br />
Pesam dos génios na existência dura<br />
Tanto a fama e as glórias quanto as lágrimas.<br />
<br />
A que cantaste em peregrinos versos,<br />
Morreu baixo o poder de mãos tiranas.<br />
Tu acabaste olvidado e na miséria<br />
E hoje es glória da altiva Lusitânia,<br />
Ó poeta imortal, em cujas veias<br />
Nobre sangue galego fermentava!<br />
<br />
Esta lembrança doce,<br />
Envolta numa lágrima,<br />
Manda-te desde a terra<br />
Onde os teus foram nados<br />
Uma alma dos teus versos namorada.<br />
<br />
CASTRO, Rosalia de, Antologia Poética, Colecção Poesia e Verdade, 1885, Guimarães Editores, pág. 11-12 (de Almanach das señoras, 1985)<br />
<br />
<br />
Havia suspeitas em cada cometa,<br />
No pó cósmico das erofílias.<br />
A matéria expandida retornava ao copo primitivo<br />
E deslizava em vida<br />
Até os cóncavos prazeres do teu leito.<br />
<br />
Ai, minha línea de água<br />
Na revolta das gravitações a beira mar,<br />
Ai minha mátria fluida<br />
Nas esperas das tardes de verão,<br />
Ai, meu sentir de tempo<br />
Na molécula pura do seio,<br />
Nas hidronímias novas do teu nome,<br />
Nos remoinhos velhos que aguardavam astros,<br />
Nos abismos tácteis das ondas e o sentir...<br />
<br />
Iolanda Aldrei<br />
<br />
<br />
QUEM NÃO GEME?<br />
<br />
Luz e progresso em toda a parte, mas<br />
Dúvidas no coração,<br />
E báguas que um não sabe por que correm,<br />
E dores que um não sabe por que são.<br />
<br />
Outro cantar dizem cansos<br />
Deste estribilho os que chegando vão<br />
Numa nova fornada, e que andam cegos<br />
Buscando o que inda não há.<br />
<br />
Réprobos!... Sempre o oculto interrogando,<br />
Que, mudo, nada vos diz.<br />
Buscai a fé, que se perdeu na dúvida,<br />
E deixai-vos de vagir.<br />
<br />
Mas eles também perdidos<br />
Por uma e outra senda vão e vêm<br />
Sem que saibam, coitados!,por onde andam,<br />
Sem paz, sem rumo e sem fé.<br />
................................................<br />
<br />
Triste o cantar que cantamos!,<br />
Mas que fazer se outro melhor não há?<br />
Muita luz deslumbra os olhos,<br />
Causa inquietude o muito desejar.<br />
Quando uma peste arrebata<br />
Homens trás homens, n’há mais<br />
Que enterrar depresa os mortos,<br />
Baixar a frente, esperar<br />
Que passem as correntes apestadas....<br />
Que passem!... que outras virão.<br />
<br />
CASTRO de, Rosalia, Folhas Novas, Clássicos da Galiza, Academia Galega da Língua Portuguesa, Edições da Galiza, Adaptação e revisão Higínio Martins Esteves.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Esculpimos desertos e homens como bosques,<br />
com tacto nos cabelos e lama nas entranhas,<br />
simulamos os musgos em pregas junto ao sexo,<br />
nascemos humidades de luz nos arvoredos<br />
sem grade que remova a nossa fonte clara.<br />
<br />
Entornamos, então, algum mundo para sermos<br />
fictícias feiticeiras ao Sul de Samaná,<br />
com pele de sereia e lábios ainda tenros,<br />
com fruta nova à busca de tempo por sugar.<br />
<br />
Sobre o asfalto alguém quer redimir as cavernas<br />
nas noites embarcadas à chuva desde Harlem<br />
e deixa, então, ruínas feitas carne e fronteira<br />
no Norte mais triste que nascera em Manhattan,<br />
com corpo de moeda, biqueira a latejar.<br />
<br />
Abrimos as janelas de areia e verbo claro,<br />
rejeitamos embargos e criamos os prantos<br />
de uma terra que vibra nas sombras por sonhar.<br />
<br />
Iolanda Aldrei<br />
<br />
<br />
<br />
TREME UM NENO NO PÓRTICO HÚMIDO...<br />
Da fome e do frio<br />
Tem o selo o seu rosto de anjinho,<br />
Inda belo, mas murcho e sem brilho.<br />
<br />
Farrapento e descalço, nas pedras<br />
Os pobres pezinhos<br />
Que as geadas do inverno lanharam,<br />
Apousa indeciso,<br />
Pois parês que lhos cortam cutelos<br />
De aceirados fios.<br />
<br />
Como cão sem palheiro nem dono,<br />
Que todos desprezam,<br />
Num curruncho se esconde, tremendo,<br />
Da dura escaleira<br />
E qual lírio se dobra ao secar-se<br />
O inocente a dourada cabeça<br />
Também dobra, esvaecido coa fome,<br />
E descansa co rosto nas pedras.<br />
<br />
E enquanto ele dorme,<br />
Triste imagem da dor e a miséria,<br />
Vão e vêm, a adorarem o Altíssimo!,<br />
Fariseus, os magnates da terra,<br />
Sem que ao ver do inocente a orfandade<br />
Se acalme dos ricos<br />
A sede avarenta.<br />
O meu peito coa angústia se oprime.<br />
Senhor! Deus do céu!,<br />
Por que há almas tão negras e duras?<br />
Por que há órfãos na terra, bom Deus?<br />
<br />
Não em vão leva selos o livro<br />
Dos grandes mistérios...<br />
Passa a glória, o poder e a alegria...<br />
Tudo passa na terra. Esperemos!<br />
<br />
CASTRO de, Rosalia, Folhas Novas, Clássicos da Galiza, Academia Galega da Língua Portuguesa, Edições da Galiza, Adaptação e revisão Higínio Martins Esteves.<br />
<br />
<br />
Entre a matéria escura eras halo de luz.<br />
Desatavas silêncios no hélio de um balão<br />
por ascender, ingrávido, à gravidez do mundo.<br />
Foi na hora precisa do tempo inexistente,<br />
quando expandias corpo e inanimavas almas<br />
em náufragos cárceres à deriva dos sonhos.<br />
<br />
Sem ventre, semente.<br />
Sem crónica, crónico,<br />
e, sem palavra, voz.<br />
Imprópria essa dor no beijo impreciso.<br />
Menino prendido a num mundo perdido,<br />
a latejar o medo insubmisso e a lágrima<br />
em longa solidão.<br />
<br />
Em que parede pintas as histórias de arame?<br />
Em que cinza ficou a cor de um golpe frio?<br />
Que vento traz carícias até a caixinha azul?<br />
<br />
<br />
Iolanda Aldrei<br />
<br />
<br />
<br />
TECI SOA A MINHA TEIA,<br />
<br />
Semeei soa o meu nabal,<br />
Soa vou por lenha ao monte,<br />
Soa a vejo arder no lar.<br />
Nem na fonte nem no prado,<br />
Assim morra co raivar,<br />
Ele não há vir-me a erguer,<br />
Ele não me pousará.<br />
Que tristeza! O vento soa,<br />
Canta o grilo ao seu compass’...<br />
Ferve o pote... mas, meu caldo,<br />
<br />
Sozinha te hei de cear.<br />
Cala, rula; os teus arrulos<br />
Gana de morrer me dão;<br />
Cala, grilo, que se cantas<br />
Sinto negra solidão.<br />
O meu hominho perdeu-se,<br />
Ninguém sabe onde é que vai...<br />
Andorinha que passaste<br />
Com ele as ondas do mar,<br />
Andorinha, voa, voa,<br />
Vem e diz-me onde é que está. <br />
<br />
<br />
CASTRO de, Rosalia, Folhas Novas, Clássicos da Galiza, Academia Galega da Língua Portuguesa, Edições da Galiza, Adaptação e revisão Higínio Martins Esteves.<br />
<br />
<br />
Ninguém falara destas flores de luz,<br />
nem dos tempos ainda de estrelas solitárias,<br />
rude marinheiro, amigo, meu Simbad.<br />
<br />
E eu fiquei na casa onde amaras,<br />
longe das naves e as marés,<br />
a escutar poemas de pedrinhas<br />
e apanhar carícias com a mão,<br />
a lamber as crisálidas dos filhos<br />
e renascer sem extensos passaportes,<br />
vistos brancos das terras da Guiné,<br />
a florescer no oco derradeiro,<br />
no vazio da bomba junto à flor.<br />
<br />
<br />
Iolanda Aldrei<br />
<br />
<br />
AMIGOS VELHOS<br />
<br />
Quando entre as naves tristes e frias<br />
Do alto mural,<br />
Qual elas fria,<br />
Qual elas triste,<br />
Ao ser da tarde vou rezar,<br />
Que pensamentos loucos e estranhos<br />
À minha mente vêm e vão!<br />
<br />
Surdo silêncio que eu já conheço,<br />
Que é meu amigo de anos atrás,<br />
Mas que está cheio doutras lembranças,<br />
Mas onde o espír’to parês que escuta<br />
Eco mortal,<br />
Reina nos âmbitos da grã basílica<br />
Com misteriosa e serena paz.<br />
<br />
Incertas sombras, raios tramentes<br />
Cabo do altar,<br />
Pousam, vagueiam, fogem e agrandam<br />
De adiante atrás.<br />
E o Santo Apóstolo, sempre sentado<br />
No seu sitial<br />
De prata e ouro, contempla imóvel<br />
Com olhos fixos quanto ali há.<br />
<br />
Quem fora pedra, quem fora santo<br />
Dos que ali há;<br />
Como São Pedro, nas mão as chaves;<br />
Co dedo em alto como São João,<br />
Umas trás outras as gerações<br />
Vira passar,<br />
Sem medo à vida, que dá tormentos;<br />
Sem medo à morte que espanto dá.<br />
<br />
Logo se acaba da vida o triste<br />
Peregrinar.<br />
Os homens passam tal como passa<br />
Nuvem de v’rão.<br />
E as pedras quedam... quando eu morrer,<br />
Tu, catedral,<br />
Tu, parda mole, pesada e triste,<br />
Quando eu não for, tu inda serás!<br />
<br />
CASTRO de, Rosalia, Folhas Novas, Clássicos da Galiza, Academia Galega da Língua Portuguesa, Edições da Galiza, Adaptação e revisão Higínio Martins Esteves.<br />
<br />
<br />
Anjos de lascívia e mistério,<br />
De amor e ódio,<br />
Mas de eterno,<br />
Descem da chuva em Compostela,<br />
Ao Ocidente de Berlim, Sul do silêncio,<br />
Sobre o tempo velho da velha catedral<br />
Onde se aprendia magia natural<br />
E prendiam borboletas<br />
No solo da terra de Mateu,<br />
O contador de histórias,<br />
E voava a cor desde a sanfona,<br />
Com beijos de pedra no sabor.<br />
<br />
Descem almas das escadas<br />
E partem os corações<br />
Sem repartir novas asas<br />
Para quem nunca sonhou<br />
Sobre o tempo das palavras.<br />
<br />
E os mistérios tornam tarde entre mistérios,<br />
Lume novo na Páscoa de Belém,<br />
E transgrido as fronteiras da minha pátria,<br />
Os jardins de Sodoma e Jericó,<br />
As trompetas que ecoam nesta beira.<br />
<br />
Tirei a couraça e tenho ocos<br />
No cantinho das asas que deixei<br />
E desfilo o tapete, enquanto danço<br />
No tapete vermelho solidão.<br />
<br />
<br />
Iolanda Aldrei<br />
<br />
<br />
POR QUÊ<br />
Escuta!, os aguazis<br />
Andam correndo a aldeia;<br />
Mas, como pagar? Como?, se um não pode<br />
Inda pagar a renda.<br />
<br />
Embargaram-nos tudo, que não têm<br />
Essas gentes consciência, não tëm alma.<br />
Quedaremos por portas<br />
Meus filhos das entranhas!<br />
<br />
Que má morte vos mate<br />
Antes que aqui entredes!...<br />
Dos pobres, ao sentir-vos,<br />
Os corações qual batem tristamente!<br />
<br />
- Maria, se não fora<br />
Porque há Deus que premia e que castiga,<br />
Eu matara esses homens<br />
Como mata um raposo uma galinha.<br />
<br />
- Silêncio! Não blasfemes,<br />
Que este é vale de lágrimas!...<br />
Mas, por que a alguns lhes toca sofrer tanto<br />
E outros a vida entre contentos passam?<br />
CASTRO de, Rosalia, Folhas Novas, Clássicos da Galiza, Academia Galega da Língua Portuguesa, Edições da Galiza, Adaptação e revisão Higínio Martins Esteves.<br />
<br />
<br />
Entre linhas escrevem<br />
Os faróis do tempo<br />
E a vida torna-se pausa<br />
Antes da devastação<br />
À procura nos ventos<br />
De uma história;<br />
A meia luz e meia sombra,<br />
Deixa os sonhos aboiar<br />
No bairro longo,<br />
E nos perde quase sem ribeira<br />
Para tingir os espelhos<br />
E as idades da cor rota<br />
Em casa de todos e ninguém.<br />
<br />
Perdida no baú uma esperança<br />
Polas naves que chegam sem chegar,<br />
Saio à rua em Gaza, em Cabul,<br />
Em Bagdad, em Nagasaki,<br />
No alto Tibete, no braço dos talibãs,<br />
Em casa,<br />
Entre os cornos de África<br />
E as fronteiras infelizes,<br />
Sem princípios de excepcionalidade,<br />
Sobre a terra tenra<br />
E bela, e muda, e triste.<br />
<br />
E sou vidente por ver e por ser vista<br />
e queimo lindos papeis de aval bancário<br />
na fogueira da noite, entre as estórias,<br />
por sentir o borralho com a aurora<br />
e cultivar cana e beijos vários<br />
no horto do farol do meio mar.<br />
<br />
<br />
Iolanda Aldrei<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-71221888040248997322011-05-06T10:51:00.005+02:002011-05-06T11:09:26.409+02:00Tempo de mar<a href="http://3.bp.blogspot.com/-TBy2aXOqK-c/TcO43Qt0E8I/AAAAAAAAC2U/bvyNpwSuzds/s1600/DSCF9513.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-TBy2aXOqK-c/TcO43Qt0E8I/AAAAAAAAC2U/bvyNpwSuzds/s400/DSCF9513.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603525620898468802" /></a><br />Água vegetal<div>prendida em sonhos,</div><div>sentir de Maio limpo</div><div>a navegar.</div><div>Sobre a areia,</div><div>uma poça.</div><div>Sobre a vida,</div><div>oceanos novos</div><div>por sulcar.</div><div><br /></div><div>Chegam saudades</div><div>de revolta,</div><div>vozes de terra</div><div>por cantar,</div><div>braços no sonho</div><div>e alvoradas</div><div>de praia bravia</div><div>por pisar.</div><div><br /></div><div>Um banquete de povo</div><div>tem palavra</div><div>nos olhares puros</div><div>junto ao lar.</div><div> </div><div> </div><div><br /></div><div><br /></div>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-34863945764125922552010-08-14T10:42:00.003+02:002010-08-14T12:13:26.855+02:00Tecedeira<a href="http://3.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/TGZevZTp1qI/AAAAAAAAC1Y/gk1yuIzsPL0/s1600/q.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 344px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5505191762847192738" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/TGZevZTp1qI/AAAAAAAAC1Y/gk1yuIzsPL0/s400/q.JPG" /></a> Descem os caminhos versos tenros<br />e volteam silêncios na palavra,<br />para que o eco sempre seja eco<br />e a distância não tenha distância,<br />nem sonhos reiterem sobre a palma<br />entranha ao ar e areia em leito.Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-17540528177707168972010-08-13T11:40:00.005+02:002010-08-14T02:04:42.286+02:00Luz<a href="http://4.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/TGUVCyUNDtI/AAAAAAAAC1A/QPPzB4l4sik/s1600/luz.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 347px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5504829257140735698" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/TGUVCyUNDtI/AAAAAAAAC1A/QPPzB4l4sik/s400/luz.JPG" /></a> No tempo vertical,<br />a inexistência da sem-revolta<br />achega aos corpos esferas de ternura<br />e as Perseidas beijam espíritos de luz.<br />Nas florestas apreendem<br />os códices vegetais<br />ruturas leves<br />e passos para o sonho<br />das formigas azuis<br />na terra noite<br />do último recanto antes do mar.Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-80648017773023119322010-08-12T21:04:00.004+02:002010-08-12T21:18:35.814+02:00Harmonias de luz<a href="http://3.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/TGRILnb61yI/AAAAAAAAC04/y4IjHtnGuYQ/s1600/fechadura.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5504604008955434786" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/TGRILnb61yI/AAAAAAAAC04/y4IjHtnGuYQ/s400/fechadura.JPG" /></a><br /><div>Em tarefa de amor canto silêncios,</div><div>retorno ervas, terra pura</div><div>cor calcárea, </div><div>laberíntica presença</div><div>desde sonhos infinitos,</div><div>quartos espirituais e mitos,</div><div>longas tardes de mar</div><div>e seiva ao vento. </div>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-24701483012211136442010-06-12T06:45:00.004+02:002010-06-12T07:06:58.480+02:00Na terra do milho<p>Era mansa às vezes. Só às vezes.</p><p>Queria, na tua pele, estremecer os sonhos</p><p> e depois caminhar sonámbula, </p><p>sem esperança sempre,</p><p>a dançar nos silêncios que me deixem,</p><p>pairar nas sozinhas primaveras,</p><p>em tempos impossíveis como a árvore,</p><p>a deixar raízes na sem-língua</p><p>e navegar em cada boca</p><p>enquanto canto</p><p>o sabor cereal da tua espera.</p><p> </p>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-21413820532048841012010-04-16T10:01:00.002+02:002010-04-16T10:25:57.096+02:00Se calhar era bom chorar,<br />pensar se há ou nao fronteiras,<br />olhar no tempo onda,<br />dor aberta,<br />reiterar leitos sem passado<br />e futuros sem leito,<br />quase amar,<br />quase ceibar raiba<br />e caminhar noites laberínticas<br />sobre os tacos mais altos que já achei<br />no teu papel de actor sem um cenário,<br />no teu papel de autor sem quarto ao Sul,<br />sem para-sol,<br />em telefonemas de puro baobab,<br />em revoltos correios por fechar,<br />despintadas as roupas a este vento.<br />Volto com o ritmo dos silêncios,<br />ao bravo metal da tua voz.Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-89503322055289517312010-04-15T18:22:00.004+02:002010-04-15T19:02:20.585+02:00Os desejos sao casas de nao ser,<br />sonhos nao sonhados,<br />des-esforços,<br />ternuras de fe des-necessárias<br />na voz de um sorriso em pele e lua.<br />Entao moro o tempo de existir,<br />passos e olhares, vento ao vento,<br />e o prazer de um universo<br />por ter verso,<br />e o prazer oral do tempo<br />por ter verbo<br />e língua e amor e um sem-silêncio<br />... ser.Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-90793420421962504352010-04-11T10:30:00.003+02:002010-04-11T11:35:46.581+02:00Rua do Tempo ao Sol<a href="http://4.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S8GSIwWVHUI/AAAAAAAAC0Y/EGX43XbQYkM/s1600/DSC_0970.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 344px; DISPLAY: block; HEIGHT: 336px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5458804902464920898" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S8GSIwWVHUI/AAAAAAAAC0Y/EGX43XbQYkM/s400/DSC_0970.jpg" /></a> Duvido entre a pegada e o infinito,<br />na algibeira quadernos a escrever,<br />e uma volta a dias de silêncio,<br />nos cantinhos, palavras sem dizer,<br />e música na rua,<br />e som no tempo,<br />e sonhos neste quarto<br />e Abril ao sol,<br />no brilho da erva<br />os meus segredos,<br />nas noites o teu leito sem odor.Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-16022097195534339762010-03-13T21:32:00.002+01:002010-03-13T21:40:43.141+01:00<p>Perder-se na gaiola</p><p> longe de egos</p><p> e aguardar que o tempo abra</p><p> as portas para viver...</p><p>até...</p><p></p>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-10460848512019707732010-03-12T22:48:00.002+01:002010-03-13T20:24:41.780+01:00Distancio em tempo chave de falar<br />e calo as palavras da gaiola,<br />ponho-lhe barreiras a este mar,<br />aguardo o instante porque chegue<br />o tempo que nem sei se vai chegar<br />e deixo num espelho nuvem rota<br />enquanto abro o teu olhar<br />no envelope dos sonhos,<br />reitero os morses de ternura<br />pisca-pisca de beijos a voar.Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-9047329076258241412010-03-04T11:15:00.003+01:002010-03-04T11:40:41.964+01:00Treme a Mae<a href="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S4-JWcUb98I/AAAAAAAAC0Q/7qCAL3KcVXg/s1600-h/DSC_0052.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 327px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5444721493166258114" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S4-JWcUb98I/AAAAAAAAC0Q/7qCAL3KcVXg/s400/DSC_0052.jpg" /></a> Treme como o pulso destes sonhos,<br />generosa de águas,<br />pé de mar,<br />minha Terra, grande e generosa,<br />da ilha dos tainos , à casa dos mapuches,<br />volta a voz profunda a reclamar.<br />Confeso-me linha de loucura,<br />na doença do mesmo Lovelock<br />e choro com lágrima emprestada<br />por todo o raciocinio sem amor.Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-20679681982989305542010-03-03T21:31:00.011+01:002010-03-04T02:19:08.125+01:00No caminho da luz<a href="http://3.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S47UwjGE_QI/AAAAAAAAC0I/AnF2JYdI8Hc/s1600-h/DSC_0006.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 260px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5444522930057051394" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S47UwjGE_QI/AAAAAAAAC0I/AnF2JYdI8Hc/s400/DSC_0006.jpg" /></a> Desabotoo o peito para a noite<br />abro a caixa dos segredos,<br />para me contar os contos de outrora,<br />retomo os caminhos que diziam no ar.<br />Doem na garganta os males velhos<br />de infância mal curada,<br />de espera fanada,<br />o medo da palavra atravancada.<br />Furou-se um pneu neste ciclo de som.<br />Avanço em linha opaca, com instintos<br />que tremem como a terra<br />neste tacto<br />e olho sem ver senda,<br />nem sonho de luz,<br />nem algum astro,<br />mas adiante, sempre<br />verbo em lábio,<br />na via Puro-eu a Nós-em-cor.Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-80821980402205529612010-02-23T10:41:00.004+01:002010-02-24T00:00:19.591+01:00Escada ao além<a href="http://1.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S4OjXBqTaVI/AAAAAAAACzs/b24liHYxtH4/s1600-h/DSC_0004.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 266px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5441372390771878226" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S4OjXBqTaVI/AAAAAAAACzs/b24liHYxtH4/s400/DSC_0004.JPG" /></a> <div>Se para ti descer era a fronteira,</div><div>para mim até é o infinito</div><div>e olho a chuva e o silêncio frio</div><div>com dor de sol solitário em rios</div><div>de energia meridiana</div><div>a explodir incógnitas de vida</div><div>no único sentido do carbono,</div><div>orgânica seta para acima.</div><div>Imagina um baixo a volume máximo,</div><div>imagina heavy, saxofones de ternura,</div><div>imagina Roma a arder sem calor</div><div>ainda</div><div>imagina que deito pé a escada</div><div>e deixo a sombra a dormir</div><div>em cama oblícua.</div><div></div><div></div>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-85424924739359157852010-02-14T20:28:00.004+01:002010-02-16T10:46:24.060+01:00O meu mundo<a href="http://4.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S3hQLDY143I/AAAAAAAACzk/uIYG5DjOfy8/s1600-h/DSC_1478.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 196px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5438184700868158322" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S3hQLDY143I/AAAAAAAACzk/uIYG5DjOfy8/s400/DSC_1478.jpg" /></a> O meu mundo é pequeno,<br />fica entre a lareira <div>e a montanha,</div><div>uma linha de terra e fogo,</div><div>água de regatos...</div><div>Mas quando chego ao alto</div><div>o horizonte retorna ilimitado,</div><div>olhar de sonho novo</div><div>e grande abraço.</div>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-45810735806526334572010-01-28T11:01:00.008+01:002010-02-19T23:53:56.735+01:00Carta de sonhosSem carta, perco-me no cenário dos sonhos,<br />a procurar cadernos para escrever<br />alter vida <br />e mora o tempo pleno nessas noites<br />pobres de pele, frias linhas,<br />horizontes sem dor,<br />das que acordo cansada para o dia.<br /><br />Havia beijos. Tremia o beijo rei,<br />lambia o sentido da existência<br />neste amor antigo,<br />pele onírica,<br />dom dos leitos tristes.<br /><br />Caminho pelo corpo das tuas páginas,<br />personagem roubada a ti mesmo,<br />para ter-te<br />ou encontrar-te<br />noutra história de amores paralelos.Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-27264405171149564822010-01-24T00:50:00.002+01:002010-01-24T00:55:27.029+01:00Roma XVI<a href="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uMECYkBbI/AAAAAAAACy0/XzDDYItuvzA/s1600-h/DSC_0531.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 336px; DISPLAY: block; HEIGHT: 337px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430087776712525234" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uMECYkBbI/AAAAAAAACy0/XzDDYItuvzA/s400/DSC_0531.jpg" /></a><br /><div></div>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-28489235736298500072010-01-24T00:46:00.002+01:002010-01-24T00:50:11.514+01:00Roma XV<a href="http://4.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uLAy4_yjI/AAAAAAAACys/yFwTeGLs_4E/s1600-h/DSC_0471.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 336px; DISPLAY: block; HEIGHT: 355px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430086621502360114" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uLAy4_yjI/AAAAAAAACys/yFwTeGLs_4E/s400/DSC_0471.jpg" /></a><br /><div></div>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-9114444859355367772010-01-24T00:37:00.002+01:002010-01-24T00:45:12.585+01:00Roma XIV<a href="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uJplUemFI/AAAAAAAACyk/CLg3P2Ma_Go/s1600-h/DSC_0522.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 336px; DISPLAY: block; HEIGHT: 356px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430085123210909778" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uJplUemFI/AAAAAAAACyk/CLg3P2Ma_Go/s400/DSC_0522.jpg" /></a><br /><div></div>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-90965563508293372872010-01-24T00:32:00.001+01:002010-01-24T00:37:23.519+01:00Roma XIII<a href="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uH8ZUzi-I/AAAAAAAACyU/_OSGjoCyWeg/s1600-h/DSC_0296.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 266px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430083247385316322" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uH8ZUzi-I/AAAAAAAACyU/_OSGjoCyWeg/s400/DSC_0296.jpg" /></a><br /><div></div>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-55174251717243124182010-01-24T00:23:00.001+01:002010-01-24T00:32:24.564+01:00Roma XII<a href="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uGsfd_edI/AAAAAAAACyM/oo70UZPHbIc/s1600-h/DSC_0495.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 305px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430081874644924882" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uGsfd_edI/AAAAAAAACyM/oo70UZPHbIc/s400/DSC_0495.jpg" /></a><br /><div></div>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-81707786016480115432010-01-24T00:15:00.002+01:002010-01-24T00:23:26.863+01:00Roma XI<a href="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uDmO80RJI/AAAAAAAACyE/1LD39XD-Z6M/s1600-h/DSC_0449.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 286px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430078468596712594" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uDmO80RJI/AAAAAAAACyE/1LD39XD-Z6M/s400/DSC_0449.jpg" /></a> <div><div></div></div>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-64751409069940276192010-01-24T00:10:00.001+01:002010-01-24T00:13:55.963+01:00Roma X<a href="http://4.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uCf-UnwSI/AAAAAAAACx8/Z8uVXxAbwN8/s1600-h/DSC_0067.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 296px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430077261542310178" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uCf-UnwSI/AAAAAAAACx8/Z8uVXxAbwN8/s400/DSC_0067.jpg" /></a><br /><div></div>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-23781692540853653222010-01-24T00:07:00.000+01:002010-01-24T00:10:15.800+01:00Roma IX<a href="http://3.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uBsOYZuXI/AAAAAAAACx0/bLzCzMvQudQ/s1600-h/DSC_0124.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 354px; DISPLAY: block; HEIGHT: 336px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430076372499937650" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1uBsOYZuXI/AAAAAAAACx0/bLzCzMvQudQ/s400/DSC_0124.jpg" /></a><br /><div></div>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6445171090086343301.post-18918228144766681572010-01-23T23:57:00.001+01:002010-01-24T00:07:10.086+01:00Roma VIII<a href="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1t_1lk2kNI/AAAAAAAACxs/Y-cadGYRfL4/s1600-h/DSC_0065.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 214px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430074334321742034" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_wJSWwBCh38Y/S1t_1lk2kNI/AAAAAAAACxs/Y-cadGYRfL4/s400/DSC_0065.jpg" /></a><br /><div></div>Iolanda Aldreihttp://www.blogger.com/profile/15897984623516551363noreply@blogger.com0