20 de agosto de 2008

Tempos de moluscos

Carne de luz, tremor de molusco nas entranhas,
sensual vento frio de corpo a beira-mar,
as partículas intensas de luz que flui,
o calor, o som vermelho do calor,
a textura dos ventos e o sabor vegetal do sonho.
O sabor universal da água viva ondeia no brilho,
na pele, na entranha mesma,
na cosmogonia própria dos paraísos estendidos no prazer.
Voltou o desejo e a lembrança intensa do gozo,
a inocência alegre dos corpos livres,
os intensos aromas transgressores.
Voltou o éden primeiro com a paz.

2 comentários:

Carlos César Pacheco disse...

o calor
o som vermelho do calor
a inocência alegre dos corpos livres

Iolanda Aldrei disse...

Sempre!