21 de agosto de 2008

Tempo de Anjos. Oratório azul.


Um azul de anjos, uma estirpe em azul
desde a pedra de Compostela a ti,
desde o leito de Ardilheiro, a ti,
uma linha de rio para o mar
e o amor com asas,
a rota dos olhares
num sentir tão fundo
que se perde nas idades
e nos sonhos e vive na teia longa,
no coração mesmo do universo,
na noite de espera,
de palavras a nascer.
No alvorecer dos oráculos
renasce a memória mais formosa,
os tempos do amor
e a carícia,
os tempos do sorriso
e o anjo, contigo sempre em verso puro,
Ulha abaixo
a fluir, até onde nasce o mar.
Deixa-me, deixa-me o tempo da ria,
abre-me a porta do teu litoral.

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