4 de agosto de 2008

O caminho


Saio sem rumo em tempo de renascer.
A asfixia deixou passo a um ponto de luz.
A esfera aquosa já não é:
posso sofrer, posso ser feliz.
É um dia de terra e solidão,
vida e morte partilham corredor.
Morro para nascer em quem me porte viva.
Nasço para morrer em quem já me matou.
Não há saúdo, não há despedida,
mas ficam sempre os sonhos e o rock,
o mar, os continentes,
e o tempo que passou,
a tua longa luz no fim do túnel,
cordão umbilical pleno de amor.

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