24 de agosto de 2008

Poeta

Tenho razão, Mamã,
Quando digo que és uma borboleta,
Tão linda como uma floreta,
Como uma borboleta a apanhar néctar,
Num campo tão formoso como uma rosa,
Num rosto sem nenhum mal.
E agora chega o final,
Com uma despedida fatal.
Iara, 9 anos (23-VIII-2008)

Escreve-me os teus versos de chocolate.

O teu sorriso é o meu campo de eterno semear.

Sabes? Soou o sino da Berenguela.

Eu estava ali, passou o tempo,

quando ergueram a sua língua

e Compostela teve voz grande

em espera do teu regresso

desde a esfera dos anjos,

mensageira nos céus,

mensageira na terra,

minha poeta.

Ai, fica tão pouco colo

e quero-te acarinhar,

enquanto medra o teu verbo novo

e chega o tempo de acordar

auras extensas que abarquem sonhos,

ninhos de fadas e flor de paz.

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