8 de agosto de 2008

Céus de Babilónia

Lembro as noites de Babilónia,
aquelas noites longas de tremor,
de pele ao sol-pôr, a tecer pele,
de lábios como brasas,
de mãos como sorrisos
a encher mundos de água e mergulhar.
No crepúsculo vão-se alinhar Marte e Vénus,
o tempo e o mensageiro acompanharão.
Quero encontrar-te no céu que conhecemos,
meu guerreiro dos sonhos,
meu rei das noites tenras na constelação do leão ,
meu lobo de desejo azul,
meu tempo na praia de búzios carmesim,
meu lago de sal.
Cheiro a ti, às noites de Babilónia;
passaram tantos séculos e ainda estás em mim,
a tua sombra ocupa o sonho e a esperança,
enquanto busco a linha da nossa redenção.

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