
Acreditava nas princesas,
nas detectives de Charlie
e, desde logo, em Heidi,
nos pastos altos e no vale,
quando fui com minha avó rua acima,
até o leiteiro de Maienfeld,
o que vendia o leite de Copinho de Neve,
e ele me deu um caramelo
macio como o teu sentir.
Eu abria o meu doce ante ti,
como quem abre o coração.
Estavas na porta, perto,
muito perto da casa de Palmira
e eu olhava o sorriso grande do leiteiro
desde a sua porta ainda
e noutra porta tu
e a minha avó a falar e falar.
Sim, Palmira era boa mulher,
dizia Mama Cármen,
e o leiteiro tinha rosto de pão,
e Charlie Townsend me enviara;
eu era Sabrina Duncan, the smart angel,
-a minha Nancy na mão, Jill Munroe,
e eu partilhávamos missão-
e tu semelhavas príncipe perdido,
de incógnito, e tinhas um ar com Pedro,
que sempre me encantou.
Por isso olhava firme,
por isso não deixei de olhar,
era eu a enviada,
para te restituir o trono
e beijar.
Sabia do segredo do teu reino,
num ocaso a beira-mar.
Sem comentários:
Enviar um comentário