30 de novembro de 2008

Fadas

Chovem estrelas de estio no outono,
fios de prata na noite sem som.
Foi jogo em tempo, cauda de cometa,
fada que revolta, fada que voltou.
Ainda foi ontem casa do silêncio,
desejo de esperas e dor já sem dor,
ainda foi ontem saudade de luas,
cantos de sereia, dança sem senhor,
e voltam as tardes desta primavera
a nascer do frio que nem frio é
e as fadas retornam na aurora ao seu ninho,
magia que trazem, sonho que medrou
e digo saudades e aguardo campos tristes,
pontes de esperança, desejos de mar
e enquanto não chegam pisco um olho à fada,
beijo cada beijo, tomo cada lar
e rio no riso e choro na lágrima:
fluido, caminho, rio para o mar.

Sem comentários: