15 de novembro de 2008

Segundo tempo de moluscos


Tardes sobre a rocha, odor a sal e apego sem apego,
instante etéreo, perdura no silêncio cada verbo
e o teu verbo na rocha a a ecoar
o ocaso dos moluscos... a hora de Vénus,
o calor astral do verso
e a companhia instintiva de um parceiro,
deixar o rio nos teus dedos navegar,
fluir, Oxum, lume aquático, novo encontro
a reencontrar, a ler no eco de algum beijo
ida e volta de líquido fomento,
ria de molusco e rocha-mãe.

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