28 de dezembro de 2008

Leitos de água III


Choram violinos noites tenras,
pedra que esmiúça como água
e aguardo em si menor
linha de corpos
no tempo de nunca jamais,
meu menino, tão velho, meu menino.
Em noite de lembrar e borboleta,
a descer caminhos,
nuvem flor,
o violinista tece no ar
a saudade derradeira
e chovem as palavras
desde o arco
em quase tango e sonata e bolero
e quase quero
que me ame a preto e branco a tua mão
e me torne corda, uma vez mais.

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