8 de dezembro de 2008

Fantasma


Volta na tardinha, sempre volta,
como tudo o que não é de voltar
e deixa a sua companha velha, errante,
no espírito entre os sonhos e o real.
Contaram lendas de enforcados,
de monges mortos em meio do mal,
leis de sombras pitagóricas,
empíricas almas a assombrar,
mas o tempo dos fantasmas
é um silêncio
de fonte nas distâncias a aguardar
e tem a sua ara nas memórias
passados no presente,
dor de sal.

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