7 de dezembro de 2008

Paredes


Nem longe no tempo nem no espaço,
fica o interior do interior
e marcadas longo nas paredes
as ilhas dos sonhos
e um amor de terra
e de domingos
de fútebol, retrato e mapa ao sol,
e cada dia o vinho do Ribeiro,
sobre o hule aos quadros
que tornava a mesa dia em flor
e quadrava mal tudo com mundo
que quer ser primeiro,
feito em nike, solo da última tendência,
morte da lembrança a debulhar,
mas isto estava e isto fica,
nas noites enche sempre algum cantar
ainda o banco de madeira
e importa mais o amigo
que medrar.

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