31 de outubro de 2008

Pedro Casteleiro

Foto: Celso Álvarez Cáccamo

Movem-se os tempos e a palavra dança
na voz bárdica do Pedro
e os anos deixam violetas na vida,
violas no odor, som de olhares
e abraço-verso cálido nas noites de chuva,.
Viajamos com Merlim a um quarteto em do menor,
Ith acompanha as longas travessias, amigo,
quanto verbo foi em vento a proa!,
quantas tardes de sol chegaram e fugiram.
Na noite de Samaim, alguém diz dos santos que estavam,
e dos mortos que pervivem,
morrer é renascer, já bem sabes,
renascer é morrer lágrima e cinza.
Esta noite existe fora o tempo, acredito,
e a tristeza?
Saudades, universos de cereal, muitas colheitas,
música mística da realidade no corpo da alma,
ficou...se a luz levita.

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