14 de outubro de 2008

Borboletas de luz

Na pedra e na luz o cláustro de vida,
sentir, consentida pelo silêncio azul
e tantas palavras no respirar
e tanto olhar perdido
como aquele sabor salgado do mar
e a lágrima, do sangue e a estrela,
e como sabia a erva a oceano verde
e a luz sabia a luz.
Sinto a manancial
mudança nova
no instante perdido
de janela iluminada.
Moro no verso que nem chega,
no verso das borboleas que nascem,
no casulo doce do meu ser.
Aro o tempo, aro casa em que viver
e a salmória é de retornos leves,
tinta de mar,
onda em onda
orar no dizer
e espiral
do verminho que fui,
e tantos nomes,
tantos rostos
que nem sabia voar,
mas sabia verde a erva verde,
e azul sabia o mar
e a textura da areia
que se tornava pele,
po de amarelo
nas assas,no ponto do esplendor,
na mais simples flor a libar
flor

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