9 de março de 2009

Tirar máscaras. Para a Doutora Mónica Alzate em Compostela.

Minha menina boa e solidária,
eu também sei da única ciência
de acreditar nas que dizem utopias
e cantar com voz de quem fica calado;
eu também acredito na paz
e me deixa orgulhosa
sentir-te tu mesma entre os racionais
e trazer a Botero e a Gabo
ao cenário quantificador dos itens frios
e deixar a história correr rio
de olhares e ternuras e de dor,
minha amiga,
única mulher julgada por homens
num saber que dizem de mulheres,
única língua entre língua de mentira,
no cenário de uma escola alheia
na terra minha, Compostela...
será que a violência ocupa mais páginas que a mansidão?
Voa longe e perto,
olha o dia,
na alma dos sonhos,
na língua da minha língua,
na cor da tua cor,
minha cor, terra nossa,
compartida.

Sem comentários: