23 de março de 2009

Andalusies

Andalusies de cor...
O mundo era mundo ainda
e os pássaros deliciavam
mãe terra.
Construir era tempo de fé
na árvore múltipla da vida
e Alá feminava humidades
no paraíso.
Alhambra de al-azahar,
adobe novo dos brilhos,
mármore dos sonhos de verão.
As estórias nasciam da canção
e voltavam os meninos a sorrir
e os adolescentes namoravam
sob os arcos
no sutaque universal da pedra nova,
tornado o céu,
revoltada a primavera
quando prometiam as roseiras sombra,
adorno,
lua de caminho à serra branca
a criar líquidos sentidos
de coração a céu aberto
e fonte,
laranjeira,
Alhambra, menina morena,
olhos de brilho,
bocas de amor,
raíz lavrada no aroma das vozes.
Palavras galaicas
que diziam das idades novas,
terra a Sul e longa estirpe...
Tanto tempo a criar memórias
para nós

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