13 de março de 2009

Ruantes

Transitamos as ruas que convivem seres interplanetários,
implicados num espaço vital
no que os sonhos ficam em casa, longe,
e os corpos se deixam a pedir o ar e a luz,
antitéticas vozes de etimologia obscura,
de pranto incorpóreo ficam a ser
e se vende o mundo sem vender,
e se compra sem comprar o direito
a fechar um silêncio
na jaula aberta dos ruantes,
passo a passo, ruído a ruído,
enquanto se espera a chuva
que nos molhe
e uma casa aberta que nos lave.

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