27 de março de 2009

Cairn

Semeáramos o milho e as patacas
e floresciam os campos.
Na tarde era sorrir o tempo para o rio
e caminhávamos à beira das zanquinhas
na era dos répteis, dos insectos,
tesouros que aguardávamos no olhar..
No monte brincavam fentos, tojos, carvalhos,
castinheiros, hera longa e cor a acarinhar...
E os muros diziam de fronteiras,
paraísos abertos a chorar,
mas ainda vegetavam as pedras
e segredavam amores como um lar.

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