14 de março de 2009

In-versos

Nas tardes partimos ao mundo do que foi,
naquele armazém de sonhos
contamos as mesas partilhadas
e os beijos perdidos entre
paralelismos rotos
de linha morta de comboio antigo,
de esperança defunta
e palavras húmidas
ao som que tocava
a orquestra das violas voadoras,
e brindamos com o escasso vento
que ainda fica
pela inocência,
pelo espaço do corpo
e dos espíritos,
pelos dias de riso
e corpo livre,
pela beleza toda,
adolescente
e o brilho dos olhos no verão.


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