9 de março de 2008

Tecto (Para Laura, para Mariana, para Alfonso, Alfredo, para Néstor, para os que nascem de luz na aurora)

Há tectos sobre moradas
e moradas sob o tecto
e moradores de sonhos
que procuram o silêncio
das estrelas e da lua
nalguma noite de inverno
e, com telhado de luzes,
enfrentam o som dos tempos
e conhecem as esferas
nos olhares do universo.
São os que saem para o campo
e despem corpos de feno
ante o frio dos regatos
para vencer algum medo.
E nascem de luz na aurora,
dos mais formosos desejos,
de sofreres e de gozos
e de puros sentimentos.
São almas de caminhante
com o peito descoberto
que temem, choram, resistem
e cantam o antigo verbo
dos herois e as margaridas
sempre com braços abertos.

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