Dor de seca permanecida,
de incêndio outro,
devastada floresta de ilusões iludas
em tempo de estio.
Chegou o dia da chuva.
Não há erva,
não há árvores,
não há terra.
A rocha, a rocha mãe,
sustenta uma vida estranha.
A devastação dos sonhos.
A ânsia impossível dos amores,
do húmus perdido que não chora.
Saudade da pena, sob o tempo,
saudade da lágrima ardente,
saudade das raízes e das ervas,
da clara lentidão daquele insecto.
E a pedra tenra
e o silêncio.
3 de março de 2008
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2 comentários:
Mais um belo poema. É gratificante vir aqui lê-los.
Mais uma bela palavra. Os poemas eram a palavra primitiva, antes da mentira, apenas aí fica.
Obrigada, meu amigo, pela tua presença, pela tua verdade.
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