12 de fevereiro de 2009

Pico Sacro (Poema de autor/a anônimo/a do século XIX, renascido quando saem às ruas de Compostela os fantasmas da Inquisição).

Pico Sacro, Pico Sacro,
liberta-me do mal que trago.

Liberta-nos cada dia dos que mentem
e diziam
do direito a matar povos;
Pico Sacro, dos que odeiam,
dos que nos traem com bandeiras,
e nos roubam a palavra
na nossa própria morada.
Rainha Lupa, deixa os touros
livres e bravos na alva.
Nossos mouros, dai-nos ouro,
o ouro da nossa fala.

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