17 de fevereiro de 2009

O espelho do dragão

Os dragos deixaram os leitos de penas azuis
e voaram mundos de jóias em luz de lajes
para além dos mares nos que naufragam vidas,
a esperar os sonhos com asas do triste quetzalcoal
e ainda escreviam para ti, que aparecias na noite
e deixavas nos pulsos a mordida,
a marca longa de Cuchulainn em tempos de entrudo.
E ainda escreviam para ti
que tornavas morte o futuro
e o filho da terra do sul sal de tormenta;
e ainda escreviam para mim,
que deixava a janela aberta para o norte
e te pensava vento na alvorada
por voltar.

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