30 de maio de 2008

Lumes


Apanhei o lume segredo das míticas fráguas, o lume que não queima.
Admirei aos vidreiros, senhores da pedra filosofal.
Conheci fátuos, espíritos da dança em noites de São João.
Ante a lareira estendi ânsias de vida junto a Heraclito,
e aguardei, da chama ao rescaldo, do borralho à chama;
mas era em Oriente que habitavam as fadas do sono luminar,
as luminosas mouras que adormentavam meninos vermelhos
e fiquei a admirar, longos tempos,
aprendiz ainda da paz.

2 comentários:

Anónimo disse...

Outro grande poema. Ao passar por aqui percebi que a raiz da paz estava também na poesia. E a poesia está viva.

Iolanda Aldrei disse...

Meu amigo, oxalá... mas está viva também em você. Um abraço grande.