13 de maio de 2008

Os amores de Gaia

Entre a rocha, a terra afirma
tempos de tarde e destruição,
do renascer,
do ciclo para assentar solo
na vida futura
e algum dom.
Nasce a flor,
o fruto recomeça,
de longe voltaram propósitos velhos:
deixar flor onde a flor se entregue,
deixar ermo onde nasça o ermo.
Os amores de Gaia.
Retomar a alma,
abrir os sonhos,
semear palavras,
semear insectos
para florescer incógnitas no íris,
na linha do húmus,
nos olhares
e nas horas
do vento e o trovão.

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