
Perdemos rédeas, leme, nave e tempo,
perdemos compasses de silêncio,
perdemos a palavra afogada,
e o brilho dos peixes e o remo antigo
que sabia as rotas do mar.
Sonhamos sereias que não eram.
Sonhamos faróis que nos deixavam
rumos de luz.
Naufragamos sonhos.
Naufragamos.
Marinheiros somos
e a terra é uma quina no costado.
Pintaremos a velha barca em rosa,
a vida em rosa por partir.
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