11 de fevereiro de 2008

Ulha


A luz das águas estremece a força daqueles horizontes e toma a mão das fervenças entre escadas de rocha.
O sonho volta ao peito, o latejo, o cantar dos sorrisos, os remansos e o medo da cachoeira longa.
É o dia das águas puras, das cantigas, o dia das árvores errantes, dos érvedos silentes, dos loureiros, dos acivros da cor, o dia líquido do abraço, o dia leito de um rio, o dia avante, adiante, seguir, ainda sem caminhos.
Teríamos o tempo dos cânticos fecundos para começar a vida na estética da unidade e ser corrente eterna, rocha pura de água, Ulha dos muitos nomes: na linha rota da pedra ,um silêncio antigo, na água, o fluido de um amor contínuo.

Sem comentários: