
Foram longos os tempos de lareira
e lume velho de ano em primavera,
os tempos de pé ao pé do lar,
quando a noitinha me dizia rumo
e sorria o som de namorar
na inexistência de mim
que desejava longas asas
e lenço de pintar
ou as palavras de fumo
que extinguiam exorcismos tristes
e queimavam incenso para ser
nave de noitinhas, ninha de rula,
árvore nova na horta da memória
que sempre acendia o caminho do Sul.
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