13 de abril de 2009

Fumos velhos


Foram longos os tempos de lareira

e lume velho de ano em primavera,

os tempos de pé ao pé do lar,

quando a noitinha me dizia rumo

e sorria o som de namorar

na inexistência de mim

que desejava longas asas

e lenço de pintar

ou as palavras de fumo

que extinguiam exorcismos tristes

e queimavam incenso para ser

nave de noitinhas, ninha de rula,

árvore nova na horta da memória

que sempre acendia o caminho do Sul.

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