13 de janeiro de 2009

Medir tempo em amor vento

Medir tempo em amor vento e medir pele
medir dons de som e medir noites
medir lagoas longas de ternura
medir ondas
medir saudades e lágrimas e risos
medir sinos de alta alvorada
medir mares
distâncias e lentas saudades
medir beijos até o canto satélite dos versos
medir nada
desmedir na entranha a entranha pura
e ser ar e nem medir a sepultura
e ser dia e nem medir a luz que brilha
e o sentido da existência
na segunda pessoa que alguém guia
ao eu que foi
ao que descansa
em cada eu que tece a nova entranha
e ser desmedida em mim
o nós mais pleno
das luas sem medida
do Universo

2 comentários:

Paul Constantinides disse...

desmedidamente belo
o poema

valeu
como sempre
o valor
de suas palavras

abs
paul

Iolanda Aldrei disse...

Obrigada, meu amigo... desmedir para tomar o seu valor, a medida da presença.
Um abraço