22 de janeiro de 2009

Obama olhar em soul, ah Hussein!

Olhar translongos tempos e água longa sempre ao Sul,
quando chegavam os silêncios
e medias o ritmo da saudade
com a boca seca e a língua a vibrar canto
e magia na África dos Lua
e o Caribe em loureiro mais ao Leste
e galinha em capoeira, cantar galo
sem cantar
e deixar o mundo andar
enquanto desce água louca
e o som tinge de amor,
mesmo em amor,
e se vive a tardinha.
Recém chegado Obama à Casa Branca,
recém voltou em Gaza Hussein
à branca casa que havitava
e nem branca, nem casa, nem ficou
e a dor chove ao sol,
da janela do soul,
ritmo blues, sempre ao Sul.

Sem comentários: