31 de janeiro de 2009

Centri-fuga a pura luz

Do centro descentrado e o silêncio falado
e a presença ausente e o som acalado
nasce a luz,
explodir em mil ondas,
desde o vento e as sombras,
sobre o céu ser de tempo
ritmo e fractal do inverno
e brincar com as rimas
como brincam meninas
e acelerar partículas
entre a mecânica ondulatória
da tua carícia em mim
a cores várias,
na percepção única
da dualidade onda-partícula,
ai, os teus fótons de água na pura luz,
a incerteza básica da indeterminação quântica
sobre a mística espera
para entrelaçar as amplitudes proibidas
e condensar dinâmicas a beira-mar
onde nasceram as vidas e os espíritos
e se fugara a luz,
amor espectral dos paradoxos,
incertidumes de Heisenberg,
quando os operadores correspondentes
a certos observáveis não conmutam
e ficam os teus versos sobre mim
mais uma vez.

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