10 de abril de 2008

Caminhos de água

Mineral com mineral,
onda na pedra,
socava o verbo,
ficando,
acarinhando
o íntimo instinto da rocha,
até que o sol aqueça
e os céus alcem
para retomar o percurso térreo,
a sinécdoque das almas.
Ter os ocos mais tenros perdurados,
ter o sonho esculpido com mãos líquidas,
ter olhos de pena, de rochedo
plenos de água
e sensitivos
os caminhos ao mar,
os caminhos ao tempo.

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