25 de abril de 2008

Olhar o azul


Olhar o azul e pensar os infinitos
sem faca afiada,
sem ternuras prendidas,
sem sentir o sentido,
sem viver o vivido
e, em azul, ver despir-se
aquele mar que não era.
E perder na estrada longa
um caminho de mundo
para dizer, eu sou livre
e já não tenho nada,
sou pobre como as aves,
estéril como a areia
mas não tenho asas brancas,
nem os brilhos de ouro.

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