15 de janeiro de 2010

Sonho de Terra


Se posso despir o corpo, posso despir a alma
e dizer que nao é este o tempo de perder.
Meu amigo de alma e fala e pele eternas,
folgo em noites lentas teu nome junto a mim.
A comunhao mais mística de amantes esquecidos
é o meu santo e senha ante a porta de sal.
Pago em sonhos os sonhos
e em lágrima o acordar.
Os meus olhos retornam à dor da carne tua,
acusam outros beijos de antes se anunciar,
tentativas de assalto até o vento que chora.
Na Terra, o nosso verbo, semeia
dor de mae.

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