16 de abril de 2010

Se calhar era bom chorar,
pensar se há ou nao fronteiras,
olhar no tempo onda,
dor aberta,
reiterar leitos sem passado
e futuros sem leito,
quase amar,
quase ceibar raiba
e caminhar noites laberínticas
sobre os tacos mais altos que já achei
no teu papel de actor sem um cenário,
no teu papel de autor sem quarto ao Sul,
sem para-sol,
em telefonemas de puro baobab,
em revoltos correios por fechar,
despintadas as roupas a este vento.
Volto com o ritmo dos silêncios,
ao bravo metal da tua voz.

Sem comentários: