28 de janeiro de 2010

Carta de sonhos

Sem carta, perco-me no cenário dos sonhos,
a procurar cadernos para escrever
alter vida
e mora o tempo pleno nessas noites
pobres de pele, frias linhas,
horizontes sem dor,
das que acordo cansada para o dia.

Havia beijos. Tremia o beijo rei,
lambia o sentido da existência
neste amor antigo,
pele onírica,
dom dos leitos tristes.

Caminho pelo corpo das tuas páginas,
personagem roubada a ti mesmo,
para ter-te
ou encontrar-te
noutra história de amores paralelos.

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