6 de novembro de 2009

Da saudade

Passou o tempo de perder
e o tempo de sonhar ficou
no cesto pequenino dos cogumelos
entre cores minúsculas
de ser no sutil campo,
das últimas rosas em outono.
Perdidas as essências de um amor
fica o amor puro
e as saudades nascem da vida que prosegue,
enquanto voam lembranças
e as células dos mais puros espíritos
no corpo renascem a prazer.
Achegam-se as carícias das terras,
a língua destas vozes que me falam,
o espaço onírico do som
e o canto de um nós que se tornou
manancial de versos
e silêncio,
no lume do lar
luz e calor.

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