23 de agosto de 2009

Semente da terra de perder

Da terra de Ilião partiram naves,
do incêndio último nas horas de folgar,
nascera a cúmbia à beira da estrada
acendidos o sexo e o farol,
vermelha a pomba ainda a guardar,
Hécuba,
a dor da guerra no quartel do sem quartel.
O deus sabia do livro dos feitiços
mas ficara no ventre de um corcel,
no leito de tantas perdedoras,
no leito da noite a recrear desertos
e acreditar amores que têm hora,
quarto, preço e condição.
História de princesa já sem reino,
maldição de ventres de ocasião.

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