10 de maio de 2009

Realismos

Do olhar da mímese à liberdade
e do criar-se até a pele velha do vivido,
barbados chegam os espíritos do tempo
a pedir lugar e a moeda por costume,
mas eles superaram a esperança.
Pandora foi amante longamente rejeitada.
Já os rostos cheiram a sem-idade,
já a garrafa tem fumo e sem-memória
e o banco do jardim fogar sem tecto,
por partilhar o livro mais saudoso da existência
na nave breve do longo esquecimento.

3 comentários:

fas disse...

Grande poema, Iolanda, e continuará sendo grande até onde chegarem os versos e as cores, como disseste abaixo.

Iolanda Aldrei disse...

Um abraço. Grande.

Iolanda Aldrei disse...

Um abraço. Grande.