13 de outubro de 2009

Ilhas de céu

Voavam passaros de morte e chegava Lugh,
amigo logo,
meu amigo de capa preta e sorte ao vento.
O som das fragas velhas ecoava
e se amavam as cores para ascender nos astros
e para que na terra as águas fossem olhos de ti.
Voltavas com a força de um heroi
e o peito nu e as espadas a doer na marca triste,
a estirpe dos homens do caminho,
mas o canto verde feito carne
na luz dos futuros e as palavras,
filho novo em ascensos ao infinito.

2 comentários:

soantes disse...

Tão comovente e convincente que me chego a preocupar. Não te aconteceu nada muito mau, pois não? Não perdeste ninguém?

Iolanda Aldrei disse...

Ninguém se perdeu. Alexandre, meu filho se ganhou após uma forte luta contra um tumor. Por isso a falta nesta bitácora ao longo dos últimos meses.
O Alexandre lembra sempre a tua casa em Évora e o limoeiro como um cantinho mágico. Conserva aquela luz e com ela lutamos. Agora vai fazer quinze anos, é um bom poeta a ritmo de hip-hop e.. vive!. Eu estou a recuperar energias.
Meu amigo. Um grande abraço.