24 de setembro de 2009

Lumen

Desciam liberdades da esperança
e a morte era leve... como sempre era leve...
Figura de luz na cena das vozes evocadas,
abraço de mundo ao mundo,
entre cor barro e sonho, um corpo iluminado.
Mar de lume e entranha de borboleta em ferro,
salto de astro velho, amante despiadado,
visita-me nas noites, quando chegue o inverno
e deixa-me o sabor da tua sombra nos lábios.

2 comentários:

Lord of Erewhon disse...

Simbolicamente, o maior exemplo de «morte leve» que me lembro é de um duelo em pleno deserto num western... Um dos pistoleiros diz para o outro: «Está tanto calor, que se morrermos nem vamos dar por isso...»

Belo poema.
Beijinhos.

Iolanda Aldrei disse...

Muito leve, essa morte.
Graves os desertos que passamos.
Um abraço, Lord