23 de fevereiro de 2010

Escada ao além

Se para ti descer era a fronteira,
para mim até é o infinito
e olho a chuva e o silêncio frio
com dor de sol solitário em rios
de energia meridiana
a explodir incógnitas de vida
no único sentido do carbono,
orgânica seta para acima.
Imagina um baixo a volume máximo,
imagina heavy, saxofones de ternura,
imagina Roma a arder sem calor
ainda
imagina que deito pé a escada
e deixo a sombra a dormir
em cama oblícua.

2 comentários:

soantes disse...

Inspirada, continuas inspirada, unida em corpo e alma a esse belo terrunho, entre o fogo e o horizonte finistérrico.

Iolanda Aldrei disse...

Que aguarda por ti... oxalá, meu amigo, nos encontremos na Galiza.
Beijinhos