Desabotoo o peito para a noite
abro a caixa dos segredos,
para me contar os contos de outrora,
retomo os caminhos que diziam no ar.
Doem na garganta os males velhos
de infância mal curada,
de espera fanada,
o medo da palavra atravancada.
Furou-se um pneu neste ciclo de som.
Avanço em linha opaca, com instintos
que tremem como a terra
neste tacto
e olho sem ver senda,
nem sonho de luz,
nem algum astro,
mas adiante, sempre
verbo em lábio,
na via Puro-eu a Nós-em-cor.
3 de março de 2010
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