16 de março de 2008

Pegadas

Há pegadas que ficam
e voltam
quando a fada dos tempos o permite,
num faro de olhos tristes
e palavras estranhas.

Pegadas que se adestram
no profundo tormento
das saudades
e levam o dia até os extremos
do túnel da memória.

Leves asas azuis das borboletas velhas,
cor das mais tenras pétalas
nos quartos da tarde.
Lembrança de silêncio,
desejo de outra noite,
longa espera de amores,
e sol-pôr de sol pores
junto a ti.

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